A Fisioterapia Musculoesquelética é uma excelente opção de especialização para os fisioterapeutas que preferem sair do foco da patologia e investir nas questões relacionadas à funcionalidade.
Essa área trata das lesões ou disfunções do sistema neuro-músculo-esquelético, relacionadas a dores e condições que têm acometimento funcional. No entanto, o profissional deve observar e investigar o que pode estar por trás e além da queixa do paciente.
O sucesso de um tratamento fisioterapêutico não depende apenas das técnicas ou intervenções realizadas, a avaliação da condição do paciente é etapa fundamental. Neste post, você vai descobrir detalhes que não podem passar despercebidos durante este processo. Acompanhe!
Avaliação estática X avaliação dinâmica
Considerando as principais indicações para a fisioterapia musculoesquelética (disfunções ortopédicas, dores e tensões musculares, processos degenerativos, acometimentos neurológicos e sensação de bloqueio ou restrições corporais), a aplicação do tratamento começa na avaliação do movimento.
Majoritariamente, esse processo deve contemplar a Avaliação Estática e a Avaliação Dinâmica. A justificativa é muito simples: enquanto a Estática identifica assimetrias e compensações estruturadas, que podem ou não ser influentes no quadro clínico do paciente, a Dinâmica identifica o comportamento motor e as possíveis disfunções nos movimentos que estão frequentemente alterados em decorrência da dor.
Avaliação global
Na faculdade de Fisioterapia, o aluno aprende que o corpo humano é uma unidade, interligada por ossos, tecidos, músculos, articulações, cartilagens e ligamentos que se comunicam para que esta unidade funcione com perfeição.
Uma vez que todo esse sistema que permite os movimentos está interligado, não há motivos para que o fisioterapeuta avalie apenas o local da queixa. Por mais que os músculos possam agir de forma isolada, eles sofrem a influência das nossas conexões corporais, além do estilo de vida.
Acredite: pensamentos, crenças e até mesmo os receios das pessoas podem influenciar o movimento humano.
O profissional, além de considerar as atividades ocupacionais, a rotina diária e a atividade física praticada, deve analisar os movimentos feitos e que podem gerar dor, de acordo com a anatomia humana.
Um exemplo é a dor na lombar, uma das mais comuns entre os brasileiros. De acordo com pesquisas, 80% das pessoas sofrem ou já sofreram desse mal. Na avaliação global, o profissional pode identificar que a origem do problema não tem está necessariamente na lombar. A dor na coluna pode ter uma relação direta com o quadril ou outras articulações.
Erros mais comuns na avaliação
Para avaliar a tríade indivíduo-tarefa-ambiente, o profissional deve utilizar conceitos de neurofisiologia, controle motor, biomecânica e aspectos biopsicossociais. Um dos principais erros que os fisioterapeutas cometem durante a primeira avaliação é ignorar essas questões.
O primeiro passo para um tratamento bem sucedido é realizar uma avaliação minuciosa do estado atual do paciente, assim como a história antecessora que fez com que o mesmo chegasse até o profissional, considerando seus problemas, suas particularidades e o recurso terapêutico ideal a ser aplicado.
Qualquer conduta que fuja a essa regra pode comprometer a eficácia da terapia.
Comunicação com o paciente
Após avaliar o paciente por completo, é necessário comunicar qual será o plano de tratamento – especialmente para aqueles que estão iniciando a primeira terapia com o fisioterapeuta. Isso é o que chamamos de aliança terapêutica, e é ela que muitas vezes soma respostas positivas.
É necessário explicar que, embora a dor seja em um ponto específico, a avaliação global e minuciosa permite descobrir a origem do problema, que também precisa ou pode ser tratado. Tudo deve ser passado em uma linguagem acessível ao paciente, considerando que, muitas vezes, são pessoas leigas. O cliente deve saber quais resultados são esperados para cada etapa do tratamento para que possa perceber as mudanças e até mesmo contribuir para essa evolução.
Chegamos ao final do nosso artigo sobre a aplicabilidade da Fisioterapia Musculoesquelética na avaliação e tratamento de disfunções de movimento e queremos convidar você a fazer uma reflexão sobre as condutas aplicadas no exercício da profissão: como você tem feito as avaliações de movimento em seus pacientes? Deixe nos comentários!
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